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Netflix pressiona indústria para aumentar produções em 4K – Revista Home Theater

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14/01/2014

 

O consumidor em geral já conhece a tecnologia 4K e sabe que ela é melhor que a atual, mas ainda não descobriu todos os seus benefícios. O diagnóstico é da Netflix, maior distribuidora de conteúdos de vídeo do planeta, com mais de 35 milhões de assinantes em vários países (80% deles americanos). Durante a CES, realizada na semana passada em Las Vegas, executivos da empresa (inclusive seu presidente e fundador, Reed Hastings), participaram de diversas reuniões para incentivar fabricantes de equipamentos e produtores de conteúdo a investir mais no padrão Ultra-HD.

“A indústria tem hoje um problema: o consumidor ainda não percebeu todos os benefícios do UHD”, comentou Scott Mirer, diretor de parcerias da Netflix, durante um seminário organizado pela CEA, promotora da CES, para discutir o assunto. “Todo mundo só falta na resolução de imagem mais alta, mas isso não é suficiente para motivar o usuário a investir no preço de um TV 4K”, acrescentou Mirer. “Ao comparar os aparelhos na loja, dificilmente a pessoa percebe que está diante de uma revolução na forma de entretenimento.”

Entre os demais benefícios que esses aparelhos podem oferecer, segundo o executivo, estão maior profundidade de imagem, com melhor percepção dos efeitos 3D; cores mais bem definidas e convincentes; a possibilidade de ver filmes com qualidade mais próxima à dos cinemas, graças à taxa mais alta de quadros por segundo; e a facilidade para integrar fontes diversas de sinal na tela maior, com processadores mais avançados. Mirer citou como exemplo a tecnologia Dolby Vision, também exibida na CES, que utiliza outros parâmetros para tornar a imagem mais natural.

Segundo Mirer, a Netflix já tem condições de oferecer a seus assinantes conteúdos em 4K, que exigem banda larga mínima de 15 Megabits por segundo. Em fevereiro, o serviço estreia a 2a. temporada da série House of Cards, totalmente gravada em UHD, e nos próximos meses promete exibir também Breaking Bad, a série mais premiada de 2013, com essa resolução. “Mas isso é muito pouco”, ressalva. “Precisamos de mais conteúdos. Os estúdios têm que se mexer. E, acima de tudo, é preciso saber se os fabricantes querem mesmo promover a tecnologia ou apenas vender algumas unidades a mais apenas dizendo que seus TVs têm melhor imagem.”

 

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